Os grandes jornais sempre se opuseram contra o Brasil, e assim combateram a
campanha do “Petróleo é nosso” e ainda hoje rejeitam a Petrobrás e se
arrepiam, irritadiços, sobressaltados, diante de qualquer movimento que lhes
possa sugerir o menor sintoma de nacionalismo (ou defesa dos interesses
nacionais) que possa pôr em risco o projeto do grande Império(EUA).
Ou de defesa do Estado. E sempre que este submerge, quem paga o pato são os
Ou de defesa do Estado. E sempre que este submerge, quem paga o pato são os
interesses da Nação.
Exemplar do que afirmo é a primeira página da edição do Globo do dia 26 de
Exemplar do que afirmo é a primeira página da edição do Globo do dia 26 de
abril de 1962.
Depois de anunciar com alegria a “Primeira explosão nuclear no Pacífico”, sem
Depois de anunciar com alegria a “Primeira explosão nuclear no Pacífico”, sem
danos ambientais (embora também diga que “o engenho lançado de um avião
que voava a grande altitude, desencadeou numa força explosiva calculada entre
20.000 e um milhão de toneladas de TNT”), o jornal condenava a ameaça de
aprovação do 13º salário:
“Os meios financeiros consideram altamente inflacionária e de consequências
“Os meios financeiros consideram altamente inflacionária e de consequências
desastrosas para a economia nacional a implantação de um 13º salário”.
A previsão catastrofista vem no discurso do oráculo do conservadorismo de
A previsão catastrofista vem no discurso do oráculo do conservadorismo de
então: “Deixando de lado a agricultura, para a qual faltam dados positivos, o
economista Eugênio Gudin calcula em cerca de Cr$ 80 bilhões a sobrecarga que
o aumento representaria no orçamento das empresas”.
Contam os fatos que o projeto foi aprovado e que sua aplicação acumula, hoje,
50 anos de sucesso. Nenhuma empresa faliu por conta dele, o comércio ganhou
(e ainda hoje festeja a iniciativa) e começávamos ali a investir no que até os
ortodoxos reconhecem ser a alternativa de nossa economia, a saber, o
fortalecimento do mercado interno.
Na contramão da História, a mesma imprensa venal, combatia, desde sua
Na contramão da História, a mesma imprensa venal, combatia, desde sua
instituição, tanto o salário mínimo (Decreto-Lei n.2 2.162 , de 12 de maio de
1940), quanto seus reajustes anuais, sempre apontados como inflacionários.
Assim, em 1954, o anúncio de um reajuste de 100%, afinal concedido, provocou
Assim, em 1954, o anúncio de um reajuste de 100%, afinal concedido, provocou
grande campanha de imprensa, a edição de um famoso e subversivo “Memorial
dos Coronéis” e, afinal, a demissão do Ministro do Trabalho, João Goulart.
Jamais aumentar salários, jamais regular a remessa de lucros para o exterior,
taxar as grandes fortunas e as grandes heranças. Jamais estabelecer alíquotas
crescentes do Imposto sobre a Renda.
Derrubar a CPMF e assim desfalcar o orçamento de nada menos que o
Derrubar a CPMF e assim desfalcar o orçamento de nada menos que o
ministério da Saúde, ah! isso, sim… Para “destravar a economia”? Não. Seu
objetivo era reduzir o controle das movimentações financeiras.
Lembremo-nos de que um dos primeiros atos dos golpistas de 1964 foi a
Lembremo-nos de que um dos primeiros atos dos golpistas de 1964 foi a
revogação da lei de remessa de lucros…
Agora, já começa a mesma imprensa a dizer que o combate aos juros altos,
Agora, já começa a mesma imprensa a dizer que o combate aos juros altos,
aumentando o crédito ao consumidor, pode constituir-se em agente
inflacionário. Todos os países do mundo podem ter juros mais baixos que o
nosso e muitos deles crescer em índices superiores ao nosso. Mas o Brasil, não.
Esquecem-se(propositalment e) os catastrofistas, que o fortalecimento do
Esquecem-se(propositalment
mercado interno é o motor do desenvolvimento nacional independente sem
temer nem sofrer as oscilações externas.
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